Como nada é perfeito na vida, lá estava em Paris, resfriado e sob um frio de 6 graus. Entupido de remédios e agasalhado, parecendo o boneco da Michelin, fui explorar os arredores do “meu” apartamento da Rue Saint Honoré.
A primeira parada foi a Igreja de São Roque, construída no tempo de Luis XIV, e que fica exatamente em frente às janelas do “meu apartamento”, que dispunha até de duas varandinhas que se abriam para o campanário da antiga igreja, cujo interior abrigava capelas, pinturas, esculturas, abóbadas, altares e um enorme órgão.
Caminhei pela Rue de Rivoli, com suas lojas de souvenires, livrarias bacanas e restaurantes. Segui até a Place de la Concorde, com seu famoso obelisco egípcio vindo de Luxor e uma imensa roda gigante que não combinava com nada. Descansei ao lado de um lago nas Toulherias, sem pressa, como deve ser para apreciar tudo com calma.
Subi a Champs-Élysées na direção do Arco do Triunfo, mas precisaria andar muito, é uma avenida imensa, e eu ainda não estava 100%. Foi quando minha atenção foi atraída pelos belíssimos Grand e Petit Palais. O Grand Palais estava temporariamente fechado, mas o Petit estava aberto. Ele abriga um grande acervo de belas pinturas desde o século 17, artefatos gregos e muitas estátuas, com um jardim interno, um café com uma pequena fonte.
Havia uma exposição com 100 fotografias da organização Repórteres Sem Fronteiras, registros chocantes das guerras do Afeganistão, Iraque e dos Bálcãs, imagens impressionantes de refugiados, de mulheres, velhos e crianças com olhares perdidos e cidades bombardeadas.
Continuei pela Champs-Élysées, mas não cheguei ao Arco do Triunfo. Como estava cansado, com fome e gripado, jantei num restaurante com vista para a rua, observando as pessoas passearem em uma das avenidas mais charmosas do mundo.
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