7.6.19

Livros de Janeiro a Maio

Aqui estão os 27 livros lidos neste ano de Janeiro a Maio
Estão na ordem em que aparecem na ilustração acima e na lista abaixo

FOGO E SANGUE – De George R.R. Martin, autor das Crônicas de Gelo e Fogo. Séculos antes das histórias de Game of Thrones, quando a Casa Targaryen, formada por senhores de dragões, assume Pedra do Dragão em Westeros

OBJETOS CORTANTES  – Primeiro livro de Gillian Flynn, adaptado pela HBO.  Da mesma autora de Garota Exemplar, adaptado para o cinema

JERUSALÉM, A BIOGRAFIA – Obra de Simon Sebag Montefiore com mais de 900 páginas. O mesmo autor dos Romanov, que li ano passado.

O ALEPH O primeiro livro do argentino Jorge Luis Borges que li. Há tempos me devia essa experiência. Contos que justificam o adjetivo “borgiano”.

ALMAS MORTAS – Obra prima do russo Nikolai Gogol, que destruiu a segunda parte da obra antes de morrer. Li após saber, em Jerusalém, a Biografia, que o surto de Gogol se deu durante sua visita a Jerusalém.

SUBMISSÃO – O primeiro livro que li do polêmico francês Michel Houellebecq. Uma distopia em que um muçulmano é eleito presidente da França instituindo teocracia, poligamia e patriarcado. O livro desperta paixões da direita e da esquerda, o que significa que vale à pena ser lido.

UM AMOR INCÔMODO – O quinto livro que li da italiana Elena Ferrante, após sua Tetralogia Napolitana. Narra o retorno de Delia, aos 45 anos, à sua cidade natal, Nápoles, para enterrar a mãe achada morta numa praia e que levam a filha a reviver emoções de um passado que julgava enterrado.

WILD CARDS 1 - Coleção de contos de ficção organizada por George R. R. Martin, de Game of Thrones. Primeiro volume de uma série de 22 livros e conta as histórias dos principais personagens da série a partir da disseminação de um vírus que contamina parte da população, matando inúmeras pessoas e dotando parte dos sobreviventes com poderes especiais.

GAROTA EXEMPLAR – Após ter lido Objetos Cortantes de Gillian Flynn e ter visto a adaptação deste livro para o cinema, com Ben Afflec e Rosamund Pike, resolvi ler a obra que gerou o filme. Excelente, mas é uma pena que eu já sabia o final. Mesmo assim foi uma boa experiência. Se já era fã da autora, fiquei mais ainda.

AS CRÔNICAS MARCIANAS – Livro de contos de ficção científica publicado na década de 1950. Segundo livro que li do americano Ray Bradbury, após Farenheit 451, que já adaptado para o cinema duas vezes. Todos os contos giram em torno da colonização de Marte por humanos. Distopia, mais uma vez.

OS PRELÚDIOS DE DUNA - A CASA ATREIDES – Após seis livros fabulosos de Frank Herbert,  foram publicados pelo seu filho Brian Herbert vários outros depois da morte do autor dos originais. Aqui temos o primeiro da nova série narrando acontecimentos anteriores aos de Duna, O Messias de Duna, Os Filhos de Duna, O Imperador-Deus de Duna, Os Hereges de Duna e As Herdeiras de Duna.

A FILHA DO CAPITÃO – Primeiro livro que li de Aleksandr Pushkin, considerado fundador da novela russa e que influenciou autores como Gogol e Turgeniev. Foi a partir de um argumento seu que Gogol escreveu Almas Mortas. Aqui, a história de amor na Rússia do fim do século 18 com pano de fundo na história real da revolta de Yemelyan Pugachev, que alegava ser o falecido czar Pedro III.

DIÁRIO DE UM LOUCO – Uma novela curta de Nicolai Gogol. Literalmente o diário de um funcionário público atormentado que vai aos poucos enlouquecendo até ser internado num hospício.

A BRIGA DOS DOIS IVANS- Depois de ler O Capote, Almas Mortas e Diário de um Louco, fui adiante na obra de Gogol e me deliciei com uma novela que narra a disputa de dois cidadãos de uma vila da Ucrânia, no início do século 19. Depois de anos de amizade eles mantêm uma longa disputa. História leve e cínica sobre a condição humana.

A SEDE – O 5º livro que li do autor norueguês Jo Nesbo. Aqui, temos um assassino à solta e que tem como característica beber o sangue das suas vítimas, sempre mulheres. O detetive ícone de Nesbo, Harry Hole, terá que enfrentar o único assassino que lhe escapou.

A ESTEPE – Mais uma novela russa. Aqui o autor Anton Tchékhov conta a viagem de um menino para estudar em outra cidade e assim percorre por alguns dias a vastidão da estepe russa. Por meio da história acompanhamos não apenas um retrato da natureza, mas também dos diversos tipos humanos russos, suas atividades econômicas e seus relacionamentos sociais e pessoais.

ASIÁTICOS PODRES DE RICOS – Best seller do cingapuriano Kevin Kwan, adaptado com sucesso estrondoso para o cinema. Achei bem água com açúcar o romance de uma moça chinesa com um herdeiro multimilionário de Cingapura que serve para o autor desfiar uma infinidade grifes. Quem gosta de romances bobos e grifes famosas vai fazer a festa.

DRIVE – A História de um dublê de filmes (não sabemos seu nome) que faz bicos como motorista de fugas de assaltos. Escrito pelo americano James Salis e adaptado para o cinema com o ator Ryan Gosling no papel do motorista

UM CORAÇÃO SINGELO – Escrito pelo francês Gustave Flaubert, famoso por Madame Bovary, temos a história de Felicidade, uma mulher ingênua que se vê ligada pelo destino à sua patroa de quem é separada por um abismo social. O livro narra uma vida de infinita dedicação e vocação para cuidar do próximo.

DUAS NARRATIVAS FANTÁSTICAS – Depois de Os Irmãos Karamazov, Crime e Castigo e a Senhoria, li este volume composto das novelas: “A Dócil” e “O Sonho de um Homem Ridículo”. A primeira descreve o drama de um homem  desesperado que, diante do cadáver da mulher, busca entender o que a levou ao suicídio. A segunda novela é a história de um homem que começa vagando por São Petersburgo e refletindo que sempre foi uma pessoa ridícula, o que o leva à ideia de suicídio.

RICARDO E VANIA – Livro do jornalista brasileiro Chico Felitti escrito a partir de uma reportagem sobre Ricardo (o “Fofão da Rua Augusta”), o que levou o autor à descoberta de “Vânia”, travesti radicada em Paris e ex-namorada de Ricardo. O livro recupera a trajetória tortuosa de um casal simbólico do underground paulistano dos anos 70 e 80.

GARGANTA VERMELHA – Mais um livro policial do norueguês Jo Nesbo com o inspetor Harry Hole. Aqui o autor alterna seus cenários entre passado e presente, dos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, nas trincheiras de Leningrado, a uma Oslo atual quando Harry Hole investiga uma rede de tráfico de armas  relacionada a um grupo de antigos e novos nazistas.

ÉDIPO CLAUDICANTE – Sempre fui tarado por Mitologia Grega e este ensaio do brasileiro Antonio Farjani analisa com profundidade as razões da existência de tantos heróis feridos nos pés na Mitologia e o destino trágico do herói como metáfora para a iluminação espiritual.

NAPOLEÃO, UMA BIOGRAFIA LITERÁRIA – Uma obra excepcional do autor francês Alexandre Dumas, de quem eu nunca tinha lido nada. O livro que acompanha Napoleão Bonaparte desde sua terra natal na Córsega até a consagração como imperador francês, passando pelas batalhas vitoriosas até o fiasco na Rússia, os dois exílios e a definitiva e dramática batalha de Waterloo.

NIETOCKA NIEZVANOVA – Quinta obra que li de Dostoievski e que conta a história de uma moça, filha de uma família paupérrima que após a morte dos pais é adotada por uma família riquíssima desenvolvendo uma paixão pela filha dos tutores. Para uma obra de 1850 é interessante ver as descrições de amor físico entre duas jovens.

A FILHA PERDIDA – Sexto livro que li de Elena Ferrante. Aqui ela tem como foco os conflitos internos de uma professora universitária de meia-idade, aliviada após as filhas crescidas se mudaram com o pai. Em férias no litoral da Itália, a personagem reflete sobre a ambivalência do amor maternal e suas consequências emocionais.

A IDADE MÉDIA E O DINHEIRO – Jacques Le Goff foi um historiador francês especialista em Idade Média que renovou o gênero biográfico, levando o leitor a crer ser realmente possível conhecer um personagem medieval. Esse livro é considerado o melhor estudo sobre o papel do dinheiro na Idade Média.