Adeus pobreza!
21.8.12
PARIS E MAIS UM INVERNO - PARTE 3
Adeus pobreza!
PARIS E MAIS UM INVERNO - PARTE 2
PARIS E MAIS UM INVERNO - PARTE 1
Maldita hora em que esqueci as havaianas. Tive que me enxugar com a toalha úmida e voltar para o quarto semi-congelado vestindo meias molhadas.
19.8.12
360
12.8.12
À Beira do Caminho
Fui assistir ao terceiro filme do diretor Breno Silveira em pleno domingo do Dia dos Pais: uma crueldade, pois não me lembro de ter chorado tanto em um filme. Não vou esconder o jogo, chorei do começo ao fim.
7.8.12
O Que Esperar Quando Você Está Esperando o Brilho Eternamente Ofuscado de Rodrigo Santoro
3.8.12
Para Roma Com Amor
29.7.12
Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge
25.7.12
Na Estrada
10.4.12
O Último Dançarino de Mao
12.3.12
Shame

10.3.12
Tom Boy
Para quem não sabe, Tom Boy é uma expressão em inglês que pode ser usada para ambos os sexos e que seria como moleque/moleca.
À Beira do Abismo
Este filme já saiu de cartaz mas deve estar nas locadoras. Gosto de filmes que envolvem alguma conspiração e que vai se desenvolvendo aos poucos, mesmo tendo um final que a gente já imagina qual é. Dá gosto ver a história ser delineada com algum cuidado e a trama sendo tecida. Não é um filme excepcional, mas vale para passar o tempo. Não é uma obra prima, mas em compensação, não faz feio.
Sam Worthington (de Avatar e Fúria de Titãs) faz o policial Nick Cassidy, que cumpre pena de prisão após ser envolvido em uma arapuca. Ao conseguir escapar por meio de um artifício, encontra um jeito bem original de provar sua inocência. Dependurando-se no peitoril de um prédio em pleno centro de Nova Yorque e atraindo a atenção da mídia e da própria polícia.
Jamie Bell (de Billy Elliot e Jump) faz o irmão mais novo que aproveita a atenção de todos para a ameaça de suicídio para completar o trabalho pretendido pela dupla. O vilão mor aqui é Ed Harris em uma interpretação correta, como é seu bom costume. A surpresa fica por conta da atriz Génesis Rodríguez no papel de uma ladra latina que tem momentos de bastante química e de algum humor com o namorado interpretado por Jamie Bell.
Aproveite para ver num dia em que não estiver a fim de pensar em muita coisa. Dá pra desfrutar. Muita gente da mídia falou mal, a crítica não perdoou, disse que o filme é repleto de clichês, mas eu até que gostei. Devia ser o que meu dia estava precisando.
7.3.12
Dois Coelhos
Não me lembro de ter visto um filme brasileiro tão cheio de tramas, reviravoltas, perseguições como este. E olhe que assisti a Tropa de Elite 1 e 2 e gostei muito das duas películas, mas aqui em Dois Coelhos o diretor Afonso Poyart, um estreante na tela grande, mas já parece um veterano, leva o filme na unha já que também é o produtor e fez a montagem.
O
filme tem um elenco muito bom com mérito de ser preparado pela já mítica Fátima
Toledo, polêmica preparadora de elenco responsável por extrair preciosidades de
atores em filmes como Tropa de Elite, Cidade de Deus, Céu de Suely, Cidade
Baixa, Central do Brasil e inúmeros outros.
Aqui talvez pelo dedo de Fátima Toledo, podemos ver o ator Fernando Alves Pinto, protagonista, sem as suas tradicionais afetações vistas em filmes anteriores como em Terra Estrangeira, Árido Movie, Nosso Lar e Tônica Dominante. Aqui o rapaz tá na rédea curta e isso é muito bom. Não aguentava mais seus trejeitos. Alguém precisava ensinar a ele que no cinema menos é mais.
O filme é uma pequena pérola, uma brisa refrescante no meio de uma produção nacional que parece mais feita para estudos acadêmicos ou para caçar níqueis, pois foi nisso que o cinema brasileiro se transformou com raras e honrosas exceções. Aqui vemos um roteiro complexo, uma narrativa bem feita que teria tudo para descambar numa mixórdia de explosões e tiroteios, mas tudo se explica no final, e para isso é bom prestar bastante atenção ao filme, pois a trama é complicada mas fascinante.
Parabéns extras à sonoplastia vibrante e à equipe de pós-produção que adiciona ao filme elementos gráficos que o associam à linguagem das pichações de rua, adequadas ao ritmo acelerado e ao universo marginal em que transitam os personagens. Impossível não lembrar bons momentos de filmes de Quentin Tarantino, Christopher Nolan e Guy Richie.
Um filme para espantar o sono.
22.2.12
Histórias Cruzadas

14.2.12
O Espião Que Sabia Demais

O Espião Que Sabia Demais é uma boa opção se você estiver com sono. Dá até pra roncar. Sinto uma grande pena em dizer isso desse filme. Sabe aquele tipo de filme que você queria muito gostar? Pegaram uma história de espionagem sobre guerra fria do magistral escritor John Le Carré; adicionaram um diretor que já mostrara ser um talento em ascensão como Tomas Alfredson (vide o seu filme cult sueco de vampiro Deixe Ela Entrar); acrescentaram um elenco de primeira a começar pelos sempre ótimos Gary Oldman, Colin Firth e Jonh Hurt…mas resulta num filme monótono, chatinho, excessivamente sombrio e arrastado. A trama de Le Carré é ótima nos seus best sellers, mas no cinema a massa desanda e vira um filme sobre um bando de burocratas matando, torturando e perseguindo uns aos outros.
Aqui, apesar de ótima reconstituição de cenários da época da Guerra Fria, temos uma overdose de elementos ingleses. Parece que o diretor quer em cada mínimo frame do filme nos lembrar que estamos na Inglaterra. Então não há um minuto sem uma xícara de chá, uma rua coberta de fog, sanduiches de pepino (“iguaria” favorita dos britânicos), alguém nadando num lago (passatempo inglês), papéis de parede florais, cães ingleses…fica over. Mesmo nas cenas filmadas em Budapeste e Istambul a gente sente que o diretor quer martelar na nossa cabeça que tudo tem que ter a cor do local.
Inegável, porém, o talento minimalista dos atores, mas o minimalismo pode ser demais até chegar a bons minutos em que um bom ronco não faz mal. Elogiável é a sequência final, em que tudo se explica — ufa, depois de duas horas já estava na hora —, ao som de La Mer, na voz de Julio Iglesias. Ah, e a trilha do filme está concorrendo ao Oscar. Esqueça se você acha Julio Iglesias brega. O homem arrebata com a canção originalmente gravada com uma batida jazzística em inglês com o título Beyond The Sea, usada à exaustão no cinema até na trilha de Procurando Nemo, mas aqui há um vivo frescor francês. Algo de sublime no meio de fog, críquete e sanduiche de pepino. Bons sonhos.
11.2.12
Um Conto Chinês
O cinema argentino virou uma unanimidade por todos os motivos e com todos os méritos, inclusive com Oscar e tudo. À parte o cartaz infeliz deste filme que mostra uma vaca e dá uma idéia errada de que se trata de uma comédia (deviam matar quem escolheu esse cartaz), o filme cumpre tudo aquilo que um bom filme argentino promete a começar pelo ator Ricardo Darín, presente em 9 de cada 10 produções dos nuestros hermanos portenhos (Abutres, O Filho da Noiva, O Segredo dos Seus Olhos, Clube da Lua, Nove Rainhas…)
8.2.12
Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Não concordo com a opinião do crítico Thales de Menezes da Folha de São Paulo que diz que David Fincher melhora o livro que já era muito bom. Na verdade, como são duas linguagens narrativas diferentes (livro e filme), pode-se dizer que um é melhor ou pior do que o outro, mas nunca que um melhora o outro. Um filme não pode melhorar um livro. Nada pode, pois o livro é uma obra acabada e assim não pode ser melhorada ou piorada, não é como uma obra que está em construção ou que caiba reformas que a melhore.
Um dos pontos altos do filme é sua abertura espetacular. Nos meus muitos anos de cinéfilo não me lembro de uma abertura (enquanto aparecem os créditos) tão impactante e bem feita. Deveria haver um prêmio para a melhor abertura. Este filme levaria com louvor. Para quem leu os três livros ou viu o primeiro filme, esta versão é boa, mas não tem muito a acrescentar. O primeiro filme não era ruim, como diz o crítico da Folha chamando-o de “rascunho comparado à versão americana”. Tem gente que só valoriza o que vem de Hollywood.
Aliás, esse mesmo crítico acerta num ponto quando diz que a versão de Fincher perde para o original quando revela preocupação estética excessiva na brutal cena do estupro. A cena, na versão sueca, era crua e violenta. A americana, de tão plástica, parece mais uma cena de pornô soft.O filme americano muda o final do original. Para quem é fã da história de Stieg Larsson, fica um gosto meio amargo de um filme que tem um clímax e opta por terminar num anticlímax, com uma cena final chocha.
Os leitores da obra se apaixonam por Lisbeth apesar de ela levar a expressão anti-social ao seu paroxismo. Todos nós embarcamos na garupa da sua moto; nos angustiamos com as perseguições a que ela é submetida, exultamos quando ela consegue se vingar dos que a sacanearam e todos nos perguntamos se tudo valeu à pena, diante do seu sofrimento.
Essa crítica está parecendo mais literária que cinematográfica, mas isto é inevitável tratando de uma adaptação de um livro que é sucesso mundial. Aliás, deixo uma provocação. Cada volume (versão econômica) custa em torno de R$ 30,00 e encanta o leitor por semanas. Um ingresso de cinema custa em torno de R$ 10,00 e garante duas horas de encantamento.
Não dá pra ficar comparando né ?