21.8.12

PARIS E MAIS UM INVERNO - PARTE 1



Cheguei a Paris  sob 6 graus após um voo de mais de 10 horas da Air France. Eram 8 da manhã quando desembarquei  no imenso aeroporto Charles De Gaulle e uma hora depois já estava no ônibus da própria Air France que, por 15 euros, bem mais barato do que um taxi, me deixou ao lado do Arco do Triunfo. 

Saltei com mala e mochila, além de uma sacola cheia de café, cachaça, charque e feijão para amigos saudosos do tempero brasileiro. 

Após uma troca de trem e estação de metrô cheguei ao meu destino: estação Porte de Bagnolet, de onde segui para o Albergue da Juventude, uns 500 metros da estação. Já havia me hospedado nesse albergue em 1998, mas como a prefeitura estava reformando todas as ruas e calçadas do bairro, foi bem complicado arrastar uma mala por desvios, tapumes, cascalho e lama seca. 

O frio e o vento gelado exigiam casaco, luvas, cachecol e gorro. Cheguei ao albergue às 11:30, mas tive o desprazer de saber que o quarto só é liberado às 3 da tarde. De 12 às 15h eles fazem faxina e todo mundo é obrigado a deixar os quartos. Só restava esperar. Um mau negócio, pois praticamente não dormi a viagem inteira. 

Quando o quarto foi finalmente liberado, consegui simplesmente desabar na cama e dormir 3 horas. Acordei às 18h e tomei um banho estranho num chuveiro com apenas duas duchas: uma expelia um jato gelado como o bafo da morte e a outra, um jato fervente como lava incandescente. Optei pelo segundo. Com o frio do ambiente, era a menos pior das opções.

Maldita hora em que esqueci as havaianas. Tive que me enxugar com a toalha úmida e voltar para o quarto semi-congelado vestindo meias molhadas.  

A história desse albergue não está nada boa...

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