Aqui estão os 20 livros lidos entre Janeiro e Maio deste ano.
Estão na ordem em que aparecem na lista abaixo.
No mesmo período no ano passado li 22
livros e no anterior foram 27. Então, estou abaixo da média do mesmo período
dos anos anteriores
ÚLTIMO TURNO - Terminei este ano a
trilogia de Bill Hodges, do mestre Stephen King, continuação dos dois livros que
li no ano passado sobre o Assassino do Mercedes (Mr. Mercedes e Achados
e Perdidos), série adaptada para a tv. Aqui, o famigerado
assassino Barry Hartsfield está há anos em estado vegetativo em uma
clínica de traumatismo cerebral, mas o detetive aposentado Bill Hodges investiga
uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes. Brady está de
volta para se vingar.
DA CRIAÇÃO AO ROTEIRO - Apesar de ter esse
livro há mais de 20 anos e já ter tentado lê-lo quando estudante de Jornalismo,
somente este ano dei cabo da leitura. Uma obra fundamental do escritor brasileiro Doc
Comparato. Perfeito para quem gosta ou tem interesse em escrever para cinema, teatro ou televisão. Uma visão privilegiada do trabalho do roteirista. Uma ferramenta de conhecimento inesgotável para profissionais e estudantes.
ONDE OS VELHOS NÃO TÊM VEZ - Primeiro livro que li
do premiadíssimo autor Cormac McCarthy e que foi adaptado para o cinema
pelos irmãos Joel e Ethan Coen, premiado com o Oscar de melhor filme em
2008, o livro mistura ação, suspense e violência numa prosa ágil e enxuta
centrado em três personagens centrais: um caçador que encontra milhões de
dólares no deserto; um xerife que investiga o caso; e um psicopata
contratado para reaver o dinheiro.
A ESTRADA - Gostei tanto do livro
anterior de Cormac McCarthy que resolvi ler A Estrada, também
adaptado para o cinema que retrata a Terra num futuro distópico, com um
planeta devastado e em que os poucos sobreviventes vagam em bandos. Um homem e seu
filho não possuem praticamente nada e vagam sem saber o que
encontrarão no final da viagem. Essa jornada é a única coisa que pode mantê-los
unidos, que pode lhes dar um pouco de força para continuar a sobreviver.
E TEM OUTRA COISA - Considerado o sexto
livro da trilogia de cinco. Os fãs do autor Douglas Adams, morto
prematuramente após o último livro da série, queriam muito ler as
novas aventuras dos personagens mais loucos da ficção científica. O autor
Eoin Colfer foi convidado para resgatar as histórias seguindo o estilo de Douglas
Adams, mas confesso que achei o livro muito aquém do humor inglês do original,
mas dá prazer rever Arthur Dent, Ford Prefect, Trillian e Zaphod Beeblebrox.
A ALDEIA DE STEPÁNTCHIKOVO E SEUS
HABITANTES - Após retornar de um exílio de quase dez anos na Sibéria,
Fiódor Dostoiévski publicou este que é considerado um dos seus mais originais
romances em que expõe a faceta do humor através de situações cômicas e
absurdas. Dostoiévski criou aqui um dos personagens mais famosos da literatura
russa: Fomá Fomitch Opískin, que virou símbolo de hipocrisia e parasitismo.
IT, A COISA - Clássico de Stephen
King que inspirou dois filmes. O livro começa em 1958, em uma cidadezinha
do Maine e conta a história de sete amigos vindos de lares disfuncionais e que
enfrentam um ser sobrenatural que deixou um rastro de mortes na cidade de
Derry. Trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar para cumprir uma
promessa feita quando crianças para enfrentar novamente a Coisa correndo risco
de vida.
OS TRABALHADORES DO MAR- Terceiro livro de
Victor Hugo que li após Os Miseráveis e O Último Dia de um Condenado. Esta obra
foi escrita durante o exílio do autor na ilha de Guernesey, no canal da Mancha.
Aqui ele narra o embate do homem contra as forças da natureza e o poder
avassalador de uma paixão. O enredo mostra a luta do marinheiro Gilliatt, que,
por amor à bela Déruchette, se empenha em resgatar um navio antes que ele
afunde no mar.
A TRILOGIA DE NOVA YORK - Primeiro livro que li
do autor Paul Auster conta três histórias a primeira sobre um escritor de
policiais que é confundido com um detetive particular e passa a encarnar a
sério o papel. A segunda sobre um detetive contratado para vigiar um homem que
transforma a tarefa num caso de vida ou morte. E o último sobre o amigo de um
escritor desaparecido atormentado pela culpa. O livro é um
labirinto mental feito de pistas falsas e verdadeiras, de acasos e equívocos.
MEMÓRIAS DE ADRIANO - Obra-prima de
Marguerite Yourcenar que li quando adolescente mas não me lembrava de nada e
acho que não tinha entendido nada por isso resolvi reler, algo que nunca faço.
A autora levou trinta anos pesquisando e escrevendo este livro que tornou-se um
clássico da literatura moderna. Uma autobiografia imaginária do grande imperador
Adriano. Um romance histórico, poético e filosófico, que se tornaria uma das
mais fascinantes obras de ficção do século XX.
O DESAPARECIMENTO DE STEPHANIE MAILER - Apesar de ter
gostado muito dos dois primeiros romances do autor Joel Dicker (A Verdade Sobre
o Caso Harry Quebert e O Livro dos Baltimore) e dos inúmeros elogios a
este livro, confesso que foi difícil ler por conta do texto muito fraco, da
história travada, da trama mal amarrada e até mesmo da narrativa preguiçosa e
repetitiva. Não vou perder tempo falando do enredo. Um livro que classifico
como dos mais equivocados que já li. Incrível assistir tantos booktubers
rasgando elogios. Péssimo. Nota zero. Dá pra dar menos?
CESAR IMPERADOR - O biógrafo Max Gallo,
autor de vários livros sobre a Revolução Francesa, Victor Hugo e Napoleão,
mostra aqui ao leitor um Julio César criado por uma mãe dominadora que lhe
incutiu ideias grandiosas sobre sua ascendência real e divina. No livro, o
autor também revela também como funcionava a mente dos romanos que viveram
antes do cristianismo.
A METADE SOMBRIA- Este foi o 28º livro
que li de Stephen King. Como quase todos, também foi adaptado para o cinema mas
a adaptação é muito fraca. Aqui temos um escritor de livros de sucesso que
criou um personagem violento e resolve se livrar dele para escrever livros mais
adultos. Mas seu personagem e alterego decide que não está morto e comete uma série de assassinatos em que todas as pistas apontam
para o escritor.
UMA NOITE NA PRAIA - Apesar de
considerar a autora Elena Ferrante uma escritora de temas do universo feminino
e que não têm muito eco na minha vida, já li com este oito livros dela. Este é
o seu primeiro livro infantil e trata-se da continuação do livro anterior (A
Filha Perdida) e é narrada do ponto de vista de Celina, uma
boneca perdida numa praia que enfrenta uma noite interminável,
cheia de sustos e a companhia indesejada de um salva-vidas
cruel.
OS MAIAS- Só havia lido antes
de Eça de Queiroz o livro O Primo Basílio e assim como ele, foi adaptado como
minissérie pela TV. O livro envolve o leitor na atmosfera da Lisboa de
fins do século XIX em que os personagens vivem as aspirações, conflitos e
paixões da sociedade em Portugal. A história gira em torno do velho Afonso da
Maia e seu neto Carlos Eduardo, os últimos remanescentes da família.
TORTO ARADO - Um clássico
instantâneo do autor baiano Itamar Vieira Junior, texto épico e lírico que revela, para além de sua trama, um
poderoso elemento de insubordinação social. Vencedor do prêmio Leya além
dos prestigiados prêmios Jabuti e Oceanos. Nas profundezas do sertão
baiano, as irmãs Bibiana e Belonísia encontram uma velha e misteriosa faca na
mala guardada sob a cama da avó. Ocorre então um acidente. E para sempre suas
vidas estarão ligadas ― a ponto de uma precisar ser a voz da outra. Numa trama
conduzida com maestria e com uma prosa melodiosa, o romance conta uma história
de vida e morte, de combate e redenção.
PORTÕES DE FOGO- Elogiado livro de Steven
Pressfield que mostra a luta de uma pequena tropa de 300 espartanos no
desfiladeiro das Termópilas para impedir o avanço inimigo do rei
Xerxes com seus dois milhões de guerreiros do império persa para invadir a Grécia. A história é relatada diretamente ao rei pelo único sobrevivente
grego. O leitor entra em contato direto não apenas com a guerra, mas com o modo
de vida desses antigos guerreiros, sua rotina e seus valores.
DRÁCULA - Demorei
tantos anos para ler este livro de Bram Stoker que nem acredito que não o havia
lido ainda de tanto que já vi versões dele no cinema. Não sabia que era um
livro escrito em forma de cartas. Achava que seria uma narrativa tradicional,
especialmente num romance de ficção gótica. Embora o autor não tenha inventado os vampiros e tenha sido influenciado por contos
anteriores, o seu romance foi responsável pela popularização dos vampiros
através de muitas peças de teatro, cinema e televisão.
A ROSA VERMELHA DE ANJOU - O penúltimo livro da
Saga dos Plantagenetas conta a história da rainha Margaret de Anjou, francesa
que se casa com o rei inglês Henrique VI sepultando assim definitivamente a Guerra dos 100 anos. Apesar de mulher e
estrangeira, foi uma das personagens mais influentes na Guerra das Rosas como
uma das líderes da Dinastia de Lancaster.
O SOL EM ESPLENDOR - Este é o 14º
livro da autora Jean Plaidy, o último da Saga dos Plantagenetas.
Acompanhamos ainda a Guerra das Rosas e o reinado turbulento dos
reis da dinastia Iorque, Eduardo IV e mais tarde, Ricardo III. Aqui termina não
somente a dinastia dos Plantagenetas como também as
duas dinastias derivadas dela e rivais, os Iorques e os Lancasters. A
partir daqui começaria a dinastia Tudor.
1 comment:
Sempre com dicas maravilhosas!!
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