A BELEZA
O corpo,
vivo, respira
E rola sobre a grama morna.
Verde, grama e corpo, um só.
O sol conspira, o corpo cobre
de luz,
E o corpo transpira...
Olhos, sobre o verde, buscam,
vagabundos,
Buscam ao redor,
Boiando em um mar de verde cobre,
Narinas e boca aspiram o
aroma de papoulas onipresentes
Arrebentando em cor,
Em luz e
em cor.
Então a Beleza passa de colete e
botas de couro preto,
A Beleza passa...
Olhos seguem quase cegos a Beleza
Que, bela, não se disfarça.
A boca se enche de saliva
doce,
A boca, ou narinas, suspiram,
A Beleza para, senta-se na grama.
Poucos metros.
Eis uma grama feliz!
Colete e botas de couro preto.
A Beleza tem dentes perfeitos, cílios longos, pele de bronze intocado
Nada mais adequado, vez que Beleza é,
Mas nem precisava ter esse peito tão belo.
A Beleza, esqueci de dizer, tirou o colete!
No comments:
Post a Comment