CLAUSTRO
Roubando da minha alma já vazia
A sanidade e a paz que ainda restavam
Faltavam nela a calma, a maresia
Torturada, essa alma sombria
Não é loucura, é só o teu corpo.
Não é o céu, mas é teu corpo
Terra de delícias, inferno de torpores
Mundo das fogueiras e de espaço que desconheço
Amanheço em braços ternos de calores
São manhãs de entrega, noites de estertores
Não é o céu, quem diria, é o teu corpo.
Seria um vício, se não fosse teu corpo
Por tua pele de pura seda a minha carne treme
Presa a cobiças, entregue a dependências
Ardências de possibilidades, aberta, minha carne geme
Errando por mar de éter, perdida, vaga, nau sem leme
Não seria um vício se não fosse teu corpo.
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