Duendes crescem nos jardins como taturanas lisérgicas. Acredite nos duendes, pois eles, devidamente cativados, serão eternamente responsáveis por você. Quem sabe um dia você esteja participando de um concurso de Miss Sauípe Folia e a prova que lhe dará o cetro e a coroa será desenhar um carneiro em uma redoma ou uma jibóia grávida....hmmm... bem avisei que duendes são lisérgicos.
Recomeçando: Acredito em duendes de jardim e em jegues, mas em Canô eu não sei se acredito. Mesmo Canô aparecendo, dia sim, dia também, na coluna social do Correio da Bahia, desfilando no Barra Fashion...Essa mulher insuportável desafia minha credulidade com sua voz enjoadinha como doce de abóbora. Não suporto esse doce. Prefiro o bom e velho jegue.
Terceira tentativa: Santa Canô do Subaé, rogai por nós pescadores, marisqueiros e discípulos de Edith do Prato. Canô é uma invenção, um case de marketing, uma ilusão histérica coletiva em uma missa barroca, uma imagem como aquelas que choram lágrimas de....digamos...dendê. A velha Canô vale para mim tanto quanto uma rave ao som do Arrocha. Acredito em lulas gigantes, no Arrocha e em papos de bêbado, mas em Canô não acredito.
Já que cheguei a esse nível de confissão vou acrescentar à lista da minha falta de crença: Deus, o Hino Nacional, a Seleção Brasileira de Futebol, Anúbis, Bento 16 e os habitantes do lado escuro da lua. Em ETs acredito, mas acho que eles é que não acreditam em mim.
Pronto. Falei mesmo! Não creio nessas coisas que todo mundo crê. Quando rezam o Pai Nosso eu recito, mentalmente, a letra de Festa no Apê! Quando cantam o Hino Nacional, imagino que é a Marselhesa. Quando o Brasil joga na Copa do Mundo sempre torço pelo adversário. Qualquer adversário. Um empate já acaba comigo. E quando vejo Canô na tv imagino que estou vendo um jegue. Logo as coisas ficam mais engraçadas. Essa técnica não falha e eu consigo fingir ser normal. Só não me peçam para gritar gol quando o Brasil marca. Aí já é pedir demais!
Prometi a mim mesmo que hoje fugiria da pauta, mas não sou bom com promessas feitas a mim mesmo. Sou auto enganável. Promessas feitas aos chefes sempre cumpro, mas comigo mesmo a história é outra. Por isso estou me traindo e falando do útero do século de Santo Amaro da Purificação no seu centenário, quando eu poderia estar roubando, seqüestrando, traficando influências no Senado, mas estou aqui, trabalhando honestamente.
É um deliro vão essa tentativa de fugir da pauta, pois meu contracheque exige atenção aos fatos do dia, demanda escrever sobre o seminário da semana, a comemoração e o evento da vez...Isso está incrustado na minha ficha funcional como uma ostra num rochedo. Preciso raspar bem o cérebro para ver se aparece algo por trás da pátina da pauta lúcida, algo mais irracional. Um duende bêbado já estaria de bom tamanho.
Essa página é uma bóia revolta num oceano de calmaria. Santa Canô da Purificação, salvai-me da pauta diária...Dai-me algo para gritar que não soe banal demais...Delírios de um pauteiro...Canô me assombra. Pelo menos eu acredito em jegues!
Recomeçando: Acredito em duendes de jardim e em jegues, mas em Canô eu não sei se acredito. Mesmo Canô aparecendo, dia sim, dia também, na coluna social do Correio da Bahia, desfilando no Barra Fashion...Essa mulher insuportável desafia minha credulidade com sua voz enjoadinha como doce de abóbora. Não suporto esse doce. Prefiro o bom e velho jegue.
Terceira tentativa: Santa Canô do Subaé, rogai por nós pescadores, marisqueiros e discípulos de Edith do Prato. Canô é uma invenção, um case de marketing, uma ilusão histérica coletiva em uma missa barroca, uma imagem como aquelas que choram lágrimas de....digamos...dendê. A velha Canô vale para mim tanto quanto uma rave ao som do Arrocha. Acredito em lulas gigantes, no Arrocha e em papos de bêbado, mas em Canô não acredito.
Já que cheguei a esse nível de confissão vou acrescentar à lista da minha falta de crença: Deus, o Hino Nacional, a Seleção Brasileira de Futebol, Anúbis, Bento 16 e os habitantes do lado escuro da lua. Em ETs acredito, mas acho que eles é que não acreditam em mim.
Pronto. Falei mesmo! Não creio nessas coisas que todo mundo crê. Quando rezam o Pai Nosso eu recito, mentalmente, a letra de Festa no Apê! Quando cantam o Hino Nacional, imagino que é a Marselhesa. Quando o Brasil joga na Copa do Mundo sempre torço pelo adversário. Qualquer adversário. Um empate já acaba comigo. E quando vejo Canô na tv imagino que estou vendo um jegue. Logo as coisas ficam mais engraçadas. Essa técnica não falha e eu consigo fingir ser normal. Só não me peçam para gritar gol quando o Brasil marca. Aí já é pedir demais!
Prometi a mim mesmo que hoje fugiria da pauta, mas não sou bom com promessas feitas a mim mesmo. Sou auto enganável. Promessas feitas aos chefes sempre cumpro, mas comigo mesmo a história é outra. Por isso estou me traindo e falando do útero do século de Santo Amaro da Purificação no seu centenário, quando eu poderia estar roubando, seqüestrando, traficando influências no Senado, mas estou aqui, trabalhando honestamente.
É um deliro vão essa tentativa de fugir da pauta, pois meu contracheque exige atenção aos fatos do dia, demanda escrever sobre o seminário da semana, a comemoração e o evento da vez...Isso está incrustado na minha ficha funcional como uma ostra num rochedo. Preciso raspar bem o cérebro para ver se aparece algo por trás da pátina da pauta lúcida, algo mais irracional. Um duende bêbado já estaria de bom tamanho.
Essa página é uma bóia revolta num oceano de calmaria. Santa Canô da Purificação, salvai-me da pauta diária...Dai-me algo para gritar que não soe banal demais...Delírios de um pauteiro...Canô me assombra. Pelo menos eu acredito em jegues!
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